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O panorama do setor de aviação após os efeitos da Covid-19

A atividade da indústria aeronáutica foi claramente afetada pela crise derivada da pandemia. A diminuição do volume de voos, a manutenção das aeronaves em terra e os novos riscos decorrentes desta situação têm se tornado uma das principais fontes de preocupação tanto para as companhias aéreas quanto para o setor de seguros, que deve estar em condições de se adaptar e acompanhe seus clientes nesses momentos.

É inegável que um dos setores mais afetados pela pandemia da COVID-19 é o da indústria aeronáutica. Estima-se em 66% a queda no tráfego de passageiros em 2020 respeito do ano anterior. Na atualidade a IATA, mesmo em suas estimativas mais otimistas, não prevê a recuperação do tráfego aéreo para níveis de 2019 senão até 2024. Nenhuma das crises globais acontecidas com anterioridade teve este impacto na indústria aeronáutica.

As companhias aéreas comerciais foram forçadas a se reinventarem para conservar suas operações em níveis economicamente viáveis. Assim, do transporte de passageiros passaram a transportar cargas ou realizar voos de repatriação. Contudo, ainda o impacto em suas operações foi enorme. Aos poucos, começou a retomada das operações comerciais, mas as quarentenas e as restrições impostas por muitos países tornam aos usuários muito cautelosos na hora de escolher um avião para seus deslocamentos, e um segmento importante da população é relutante a voar novamente por medo de contágios durante o voo. Adicionalmente aos voos de negócios, um dos nichos mais rentáveis para as companhias aéreas caíram de maneira radical, pois este tipo de usuário agora viaja para o que for imprescindível e realiza videoconferências para aquilo que não é.

As seguradoras de aviação temos de ser capazes de acompanhar a indústria aeronáutica em suas diferentes realidades e é nessas situações quando devemos demonstrar flexibilidade e capacidade de adaptabilidade, para apoiar nossos segurados sem perder de vista o foco da rentabilidade

E esta redução, e até a cessação temporária das operações, tem um efeito cascata no resto da indústria: aeroportos, prestadores de serviços aeroportuários, etc. Todos eles reduziram de maneira extrema sua atividade. Soma-se a isto que as companhias aéreas paralisaram seus pedidos de novos aviões, questão que afetou a fabricantes e sua indústria auxiliar, que passaram a reduzir a produção.

Felizmente, em termos gerais a aviação geral sofreu em menor medida o efeito da pandemia e muitas de suas operações, devido a sua natureza de serviço público, continuaram sendo realizadas com certa normalidade durante esse período. Estamos nos referindo às frotas governamentais, à polícia, à fumigação, à extinção de incêndios, às ambulâncias aéreas, aos voos executivos, etc.

Em setembro deste ano, os prêmios do negócio de Aviação representaram 10% da emissão de MGR. No entanto, os prêmios retidos deste setor que contribuem para a entidade supõem 31%, número que evidencia a relevância que esta linha de negócio significa para a demonstração de resultados.

As seguradoras de aviação temos de ser capazes de acompanhar a indústria aeronáutica em suas diferentes realidades e é nessas situações quando devemos demonstrar flexibilidade e capacidade de adaptabilidade, para apoiar nossos segurados sem perder de vista o foco da rentabilidade. Desde o início desta crise, analisamos de maneira personalizada cada uma das situações e solicitações recebidas, para brindar a melhor solução de seguros adaptada à situação atual.

Cristina Quintero

Chefe de Subscrição Aviação e Espaço

Unidade de Riscos Globais MAPFRE

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